Um sol vermelho olhava o mar,
em meio à bruma da manhã.
Um sol vermelho olhava a terra.
Olhava as coisas, móveis e imóveis.
As gentes e os bichos.
As casas e as janelas, e os bancos da praça.
E na névoa, gentes e bichos e casas e praças
tudo era outra coisa, e tinha outra beleza.
Beleza que só o que não existe consegue ter.
Ali, entre o dia e a noite,
fora de um e da outra
a boniteza das coisas
(as móveis e as imóveis)
...lembrava até a tua.
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