TIGER, tiger, burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Could frame thy fearful symmetry?
In what distant deeps or skies
Burnt the fire of thine eyes?
On what wings dare he aspire?
What the hand dare seize the fire?
And what shoulder and what art
Could twist the sinews of thy heart?
And when thy heart began to beat,
What dread hand and what dread feet?
What the hammer? what the chain?
In what furnace was thy brain?
What the anvil? What dread grasp
Dare its deadly terrors clasp?
When the stars threw down their spears,
And water'd heaven with their tears,
Did He smile His work to see?
Did He who made the lamb make thee?
Tiger, tiger, burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Dare frame thy fearful symmetry?
- William Blake
Porcarias de minha lavra e pérolas da lavra alheia. Quando tem tradução, é minha a não ser quando indicado.
Friday, May 27, 2011
Tuesday, May 17, 2011
Canto da sereia
O ofício divino é árduo e jubiloso -
Diziam monges em monásticas vestes
andando silentes por seus mosteiros.
Procuravam a chave dum mais-que-mistério
Buscavam entender a luz que lhes cegava
Olhe, seus cenhos, carregados de rugas
os olhos, de tão apertados, quase somem.
O escrever dos monges transbordava de gestos
Este talha, à faca, de um cálamo uma pena
Aquele apaga a errada tinta - e sua borracha
é um dente de lobo engastado em prata.
E o cuidado do silêncio, do gesto, do trabalho
para os monges eram redes, cintos de segurança
para que não se perdessem na busca do mistério
para que, alcançando-o, não se imolassem em alegria.
...
Não sou monge, não tenho a honra do silêncio
Mas, na busca pelo teu mistério, olhando o tecer
dos fios do destino por teus assim magros dedos
me carrego igualmente de gestos, estes inúteis
e a ti de nomes, apelidos, títulos.
Como se assim me guardasse de me perder no teu mistério.
Diziam monges em monásticas vestes
andando silentes por seus mosteiros.
Procuravam a chave dum mais-que-mistério
Buscavam entender a luz que lhes cegava
Olhe, seus cenhos, carregados de rugas
os olhos, de tão apertados, quase somem.
O escrever dos monges transbordava de gestos
Este talha, à faca, de um cálamo uma pena
Aquele apaga a errada tinta - e sua borracha
é um dente de lobo engastado em prata.
E o cuidado do silêncio, do gesto, do trabalho
para os monges eram redes, cintos de segurança
para que não se perdessem na busca do mistério
para que, alcançando-o, não se imolassem em alegria.
...
Não sou monge, não tenho a honra do silêncio
Mas, na busca pelo teu mistério, olhando o tecer
dos fios do destino por teus assim magros dedos
me carrego igualmente de gestos, estes inúteis
e a ti de nomes, apelidos, títulos.
Como se assim me guardasse de me perder no teu mistério.
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