Mordo o livro
sinto invadir minha boca
o cheiro acre de sangue
mordo
de novo, com força
até que arranco um naco
de carne do livro
(livro ou mulher, não sei)
de quatro, como um cão
esfrego o focinho no cadáver
- o que tenho é focinho, não rosto
não sei de que cadáver se trata
insensato, como um cão.
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