Cantei, certa vez, do teu mistério
tão paradoxo, claro e tão límpido
- assim da natureza dos grandes
mistérios, os divinos e os profanos.
meu devaneio cortaste -
com sonora gargalhada!
Assim-então-portanto
em respeito a teu riso
sem réstia de reverência
(de brinquedo nem à vera)
canto:
de mãos deslizando pelas tuas pernilongas
de um quente grito deslizando pelas oitavas
de uma língua, duas, a uma à outra deslizando
e de deslizantes, flamejantes, flutantes cabelos
passando pelos meus ásperos dedos.
E perdão,
perdão, peço
pelo deslizar
deste verso.
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