Dom inútil, dom fortuito,
Por que a vida me foi dada?
E o destino, tão fortuito
A condena a um fim: o nada.
Que poder hostil, do pó
suscitou minha alma ardente,
e lhe deu paixão, mas só
dúvidas à minha mente?
Sigo a esmo, de ermo peito,
mente ociosa e, sem saída,
pesaroso, eu me sujeito
ao maçante som da vida.
AS Pushkin
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